Vida de luxo e rodeios: quem é o “Diabo Loiro”, preso em operação contra o PCC

Eduardo Magrini, conhecido nas redes sociais como “Diabo Loiro”, foi preso nesta quinta-feira (30) durante uma grande operação da Polícia Civil e do Ministério Público de São Paulo contra a lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC). A ação aconteceu em Campinas (SP) e desarticulou um esquema milionário que usava fazendas, haras e empresas de fachada para movimentar recursos ilícitos da facção.

Magrini, que se apresentava como produtor rural e influenciador digital, ostentava nas redes sociais uma vida de luxo, com cavalos de raça, carros importados e viagens pela Europa. Em publicações, aparecia em haras, rodeios e eventos agropecuários, mostrando um estilo de vida aparentemente próspero e distante da criminalidade. No entanto, de acordo com os investigadores, essa imagem servia apenas como fachada para encobrir o dinheiro sujo do crime organizado.

A polícia afirma que Magrini era responsável por gerenciar parte dos lucros obtidos com o tráfico de drogas e aplicar os valores em atividades rurais simuladas, como a compra e venda de gado e veículos de luxo. As autoridades apreenderam documentos, automóveis e equipamentos eletrônicos durante o cumprimento dos mandados.

Conhecido por sua aparência marcante e o apelido que o tornou popular, “Diabo Loiro” já possuía passagens por homicídio, formação de quadrilha, receptação e uso de documento falso. Mesmo com histórico criminal, ele mantinha uma forte presença digital, acumulando milhares de seguidores que o viam como um empresário de sucesso.

A prisão do suspeito faz parte de uma ofensiva das forças de segurança para enfraquecer o braço financeiro do PCC, atingindo os responsáveis por lavar e distribuir o dinheiro da facção. O caso também reacende o debate sobre o papel das redes sociais na construção de imagens falsas e na exposição de criminosos que tentam se esconder atrás de uma vida de luxo e influência digital.