Morre Robert Redford, Astro de Hollywood, aos 89 anos

Galã marcou a história do cinema com filmes como 'O encantador de cavalos' e foi um grande defensor de causas sociais

Wesley Baldom

9/16/20252 min read

Morreu nesta terça-feira, 16 de setembro de 2025, Robert Redford, um dos maiores astros do cinema estadunidense, famoso tanto por sua presença marcante nas telas quanto por seu comprometimento com causas sociais. Ele tinha 89 anos e faleceu em sua casa, no estado de Utah, enquanto dormia. Não foi divulgada ainda a causa de sua morte.

Trajetória e legado cinematográfico

Com aquele ar de galã rústico misturado a uma elegância discreta, Redford despontou no cinema nos anos 1960. Ele ficou eternizado por papéis em filmes que se tornaram clássicos, como Todos os Homens do Presidente (1976) e Entre Dois Amores (1985).

Um dos momentos mais icônicos de sua carreira foi em Butch Cassidy (1969), ao lado de Paul Newman — um faroeste moderno que consolidou sua fama.

Aversão à limitação: ator, diretor, ativista

Redford não se contentou apenas em ser ator. Ele também dirigiu filmes de grande impacto, entre eles Gente como a Gente (“Ordinary People”, 1980) — pelo qual recebeu o Oscar de melhor diretor — e Quiz Show — A Verdade dos Bastidores.

Em reconhecimento ao seu conjunto de contribuições ao cinema, Redford recebeu um Oscar honorário, em 2002, pelo apoio ao desenvolvimento da arte cinematográfica e pela influência duradoura na indústria.

Fora das telas: engajamento social e legado humano

O astro também participou ativamente de causas ligadas ao meio ambiente e aos direitos dos povos indígenas dos Estados Unidos.

Além disso, ele foi mentor e incentivador de novos talentos do cinema independente. Foi idealizador do Festival de Sundance, criado nos anos 1980, que se tornou uma vitrine essencial para cineastas fora do circuito comercial.

Nos últimos anos, Redford preferiu uma vida mais reservada, em seu rancho em Utah, evitando a exposição pública excessiva.

O que o mundo perde

Com o falecimento de Robert Redford, o cinema perde não só um astro, mas um símbolo de integridade artística. Ele era alguém capaz de transitar entre o entretenimento popular e o cinema mais reflexivo, equilibrando charme, atuação sólida e consciência social.

Seus filmes continuam presentes no imaginário, e seu legado — dentro e fora dos estúdios — será lembrado como inspirado no compromisso de usar a arte como forma de impacto, não apenas de fama. Também deixa uma marca forte na cultura independente, graças ao Sundance, que ajudou a dar voz a muitos talentos que, de outra forma, poderiam ter sido invisíveis para o grande público.