Filha baiana, novelas e romance com ex-BBB: a forte ligação de Jimmy Cliff com o Brasil

Jimmy Cliff deixa legado marcado também por seu intenso vínculo com o Brasil

O cantor Jimmy Cliff, lenda do reggae e uma das vozes mais influentes da música jamaicana, morreu aos 81 anos, deixando um legado mundial — e uma história especialmente forte com o Brasil. Ao longo de décadas, o país se tornou parte constante de sua vida pessoal e artística.

Uma filha baiana e um relacionamento que nasceu em ritual de ayahuasca

Uma de suas conexões mais marcantes é a filha Nabiyah Be, atriz e cantora brasileira, fruto do relacionamento do músico com Sônia Gomes. Nascida e criada em Salvador até os 18 anos, Nabiyah ganhou projeção internacional com trabalhos como Pantera Negra e Daisy Jones and The Six.

Em entrevista recente, Nabiyah revelou que seus pais se conheceram em uma cerimônia de ayahuasca, apresentada pela então amiga em comum, Margareth Menezes.

Primeiro contato com o país: Festival Internacional da Canção

Jimmy Cliff esteve no Rio de Janeiro em 1968, como candidato do Festival Internacional da Canção, no Maracanãzinho. A passagem marcou o início de sua consolidação como estrela global do reggae.

Ainda em 1968, impactado pela cultura local, lançou o álbum Jimmy Cliff in Brazil, cuja capa o mostra em Copacabana. O disco trazia versões em inglês de clássicos brasileiros, como “Andança”, de Edmundo Souto, Paulinho Tapajós e Danilo Caymmi.

Presença constante nas novelas brasileiras

A música de Jimmy Cliff também se tornou trilha sonora do público brasileiro por meio das novelas da TV Globo. Entre as canções mais marcantes estão:

• “Love I Need” — Água Viva (1980)

• “Reggae Night” — Voltei pra Você (1983)

• “Hot Shot” — TiTiTi (1985)

• “Now and Forever” — Brega & Chique (1987)

• “Rebel In Me” — Rainha da Sucata (1990)

Ao longo dos anos 1980 e 1990, suas músicas eram presença recorrente nas trilhas de folhetins, fortalecendo ainda mais sua popularidade no país.

Relacionamento com ex-BBB Harumi Ishihara

Jimmy Cliff também teve um relacionamento com a brasileira Harumi Ishihara, 73 anos, que participou do BBB 16. Ela chegou a fazer uma ponta em um clipe do cantor.

Com a morte dele, Harumi publicou uma homenagem:
“Uma grande paixão, descanse em paz.”

Brasil, um destino frequente

O cantor visitava o Brasil com tanta frequência que fãs brincavam que era “fácil encontrá-lo pela zona sul do Rio de Janeiro”. O país se tornou um dos lugares onde ele mais circulava fora da Jamaica, tanto por trabalho quanto por vínculos afetivos.