Disputa por vaga no STF: Pacheco ganha força, mas Messias segue como favorito de Lula

Disputa pela vaga de Barroso no STF movimenta bastidores de Brasília. Gilmar e Moraes defendem Rodrigo Pacheco, mas Lula mantém Jorge Messias como favorito ao cargo.

Ryan Davi

10/15/20252 min read

🔷 Disputa por vaga no STF: Pacheco ganha força, mas Messias segue como favorito de Lula

A sucessão do ministro Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF) movimenta bastidores do Planalto e da Corte. Mesmo sem anunciar oficialmente o substituto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já recebeu integrantes do STF em um encontro reservado na noite de terça-feira (14), no Palácio da Alvorada, em Brasília.

Participaram da reunião os ministros Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin, além de Rui Costa (Casa Civil) e Ricardo Lewandowski (Justiça). Embora o tema da sucessão não tenha sido colocado abertamente na mesa, o encontro reforçou as especulações sobre os possíveis nomes para ocupar a vaga.

Nos bastidores, fontes do STF afirmam que uma ala da Corte defende o nome do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), considerado um político com “musculatura institucional” e capacidade de diálogo entre os Poderes. Essa visão é compartilhada por ministros influentes como Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, que enxergam em Pacheco um perfil de equilíbrio e experiência política.

No entanto, dentro do Planalto, o nome que segue mais forte é o de Jorge Messias, atual advogado-geral da União (AGU). Messias tem relação próxima com Lula e é visto como alguém de confiança absoluta do presidente, com histórico de lealdade e perfil técnico consolidado.

Segundo fontes próximas ao governo, Lula teria evitado tratar do assunto durante o jantar justamente para não antecipar tensões internas. Há quem acredite que o presidente já tenha feito sua escolha, mas prefere segurar o anúncio até o momento político mais favorável.

Enquanto isso, cresce a pressão dentro e fora do STF para que o sucessor de Barroso tenha peso político e independência suficientes para manter o equilíbrio entre as instituições — especialmente em um momento de forte polarização no país.

A aposentadoria de Luís Roberto Barroso está marcada para o fim desta semana, abrindo oficialmente uma das cadeiras mais disputadas da Suprema Corte.