📰 William Bonner reduz 80% do salário para comandar o Globo Repórter em nova fase na Globo

Após quase três décadas à frente do Jornal Nacional, William Bonner se prepara para uma grande virada em sua carreira. O jornalista deixará a bancada do principal telejornal da Globo em 3 de novembro, marcando o fim de um ciclo histórico que consolidou sua imagem como um dos profissionais mais respeitados da TV brasileira.

A mudança, segundo informações do colunista André Romano (O Tempo), virá acompanhada de uma redução de 80% no salário. Bonner, que recebia cerca de R$ 900 mil mensais somando as funções de apresentador e editor-chefe, passará a ganhar aproximadamente R$ 200 mil para comandar o Globo Repórter a partir de 2026, ao lado de Sandra Annenberg.

O novo desafio representa não apenas um ajuste financeiro, mas também uma mudança de ritmo. Diferente do Jornal Nacional, que exige presença diária e transmissões ao vivo, o Globo Repórter tem formato semanal e documental, com gravações planejadas e maior liberdade criativa. “Ele seguirá como um dos rostos mais respeitados do jornalismo da Globo, mas agora em um projeto com ritmo mais tranquilo e nova forma de comunicação com o público”, revelou uma fonte próxima à emissora.

Com a saída de Bonner, o Jornal Nacional passará a ser comandado por César Tralli e Renata Vasconcellos, dupla que já vinha sendo testada em edições anteriores. A função de editor-chefe, que Bonner acumulava desde 1996, será ocupada por Cristiana Sousa Cruz, editora-adjunta de longa data do telejornal.

Em comunicado interno, a Globo destacou o legado de Bonner, reconhecendo sua contribuição em coberturas históricas, eleições, crises políticas e grandes eventos internacionais. Aos 61 anos, o jornalista encerra um dos períodos mais marcantes da TV nacional, iniciando uma nova fase focada em reportagens especiais e conteúdos aprofundados — algo que sempre desejou explorar com mais tempo e autonomia.

A transição reforça o momento de renovação no jornalismo da Globo, que aposta em formatos mais flexíveis e narrativas humanas. Para Bonner, a mudança simboliza menos estresse, mais propósito e liberdade criativa — um recomeço após 29 anos de bancada e inúmeras noites dedicadas à notícia.