🌕 Nova “lua” da Terra: astrônomos confirmam asteroide que acompanhará o planeta pelos próximos 58 anos

Astrônomos descobrem o asteroide 2025 PN7, uma “quase-lua” que acompanhará a Terra por 58 anos, criando o fenômeno de duas luas no céu.

Ryan Davi

10/29/20252 min read

🌕 Nova “lua” da Terra: astrônomos confirmam asteroide que acompanhará o planeta pelos próximos 58 anos

O céu noturno da Terra acaba de ganhar uma nova e curiosa companhia. Astrônomos anunciaram a descoberta do asteroide 2025 PN7, um corpo celeste de aproximadamente 19 metros de diâmetro que passará a compartilhar a órbita da Terra pelos próximos 58 anos, atuando como uma espécie de “segunda lua” — embora invisível a olho nu.

Detectado em agosto de 2025 pelo observatório Pan-STARRS, localizado em Haleakala, no Havaí, o 2025 PN7 foi oficialmente confirmado pela Sociedade Astronômica Americana. Desde então, a descoberta vem despertando grande curiosidade nas redes sociais, com milhares de internautas encantados com a ideia de termos duas luas no céu. No entanto, os cientistas explicam que a realidade é um pouco diferente: o asteroide não orbita diretamente a Terra, mas segue uma trajetória paralela à do planeta em torno do Sol, o que o classifica como uma “quase-lua”.

Esses objetos não estão presos gravitacionalmente ao campo terrestre, mas compartilham o mesmo percurso orbital, criando a ilusão de que orbitam o planeta. Em termos astronômicos, são conhecidos por seus movimentos coorbitais, o que significa que, apesar de acompanharem a Terra, giram em torno do Sol.

De acordo com os pesquisadores, o 2025 PN7 faz parte do grupo de asteroides Arjuna, caracterizados por suas órbitas muito próximas à da Terra e comportamento estável. Estima-se que o corpo celeste permanecerá nesse “balé cósmico” até aproximadamente 2083, quando gradualmente se afastará e desaparecerá de vista.

Apesar da empolgação, os especialistas ressaltam que o fenômeno não será visível sem auxílio de equipamentos profissionais. Com magnitude 26, o 2025 PN7 é extremamente tênue, sendo possível observá-lo apenas com telescópios de grande potência. Segundo estimativas, ele foi formado no cinturão principal de asteroides, entre Marte e Júpiter, e foi temporariamente capturado pela influência gravitacional da Terra.

Ainda que o fenômeno não represente qualquer risco de colisão com o planeta, ele oferece uma rara oportunidade de estudo para a comunidade científica. A observação das quase-luas ajuda os astrônomos a compreender melhor a dinâmica dos objetos próximos à Terra (NEOs), fornecendo dados valiosos sobre as interações gravitacionais que moldam o sistema solar.

Enquanto isso, para os entusiastas da astronomia e curiosos de plantão, a notícia reforça a beleza e o mistério do cosmos: mesmo sem que possamos ver a olho nu, o nosso planeta está sendo silenciosamente acompanhado por uma nova vizinha celeste — uma pequena rocha espacial que seguirá a Terra em sua jornada cósmica por quase seis décadas.